Parecia até combinado. Mas não era. Justo no dia em que a Biblioteca do Esquenta recebia uma de suas aquisições mais bacanas – a versão em braille de “Mar morto”, de Jorge Amado, doada pelo cantor Gabrielzinho do Irajá – Regina encontrou-se na plateia com a menina Nathalia Rodrigues. Apesar de ser cega, ela não perdeu o movimento dos olhos – confessou ao “Esquenta!” que nasceu cega e chegou durante um período a enxergar vultos (“uns 3%”). E declarou que, por ter “o olho vivo”, muita gente se espanta com ela e diz que, na verdade, ela enxerga.
“O pior não é ser cego, o pior é ter que provar que sou cega”, brinca ela, que tem 19 anos e faz curso técnico em Administração. “O que eu mais gostei foi do senso de humor da Natália. Fiquei apaixonada por ela”, disse Regina.
“Eu enfrento a minha vida. Tudo o que eu conquiste até hoje não foi de graça. Mato um leão por dia, mas não mato um leão chorando”, disse Natália. Assista ao papo com ela aqui.
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