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A memória do samba e do carnaval do Rio

A Pedra do Sal, na Zona Portuária, guarda segredos da “Pequena África”

Postado 05/10/2011 às 20h10 Atualizado em 13/08/2015 às 12h08

De volta às gravações de “Um pé de quê?”, Regina Casé passou o dia num lugar bastante especial para a história do Rio – e para a memória do samba. O programa transferiu-se para a Pedra do Sal, na Zona Portuária do Rio, bem ali onde sambistas como Heitor dos Prazeres, Donga e o mestre Pixingunha começaram a conhecer os segredos do estilo musical. De lá, subindo por degraus escavados na pedra, chega-se ao belíssimo Morro da Conceição, repleto de casinhas e de ateliês. Na foto acima, Regina posa com Maria da Serrinha.

A história da Pedra do Sal remonta ao século 17, quando um núcleo de baianos se instalou na localidade, devido ao fato de a moradia ser mais barata. Datam dessa época as primeiras docas do Rio. A comunidade baiana trouxe para a vizinhança seus costumes e a Pedra do Sal passou a ser um ponto de referência da cultura negra – ganhando o nome de Pequena África após a chegada de nomes importantes como a Tia Ciata. O carnaval carioca foi ganhando uma cara própria a partir dali.

Regina também fez gravações ao lado de integrantes do Jongo da Serrinha – encontrando também garotos da Zona Sul que estavam por lá. “É desses encontros que sai a faísca”, afirma.